sexta-feira, 22 de agosto de 2008

TEMPLARIOS

Acabei de ler o livro sobre Templários do Steve Berry. Conclusão: Esse senhor é um idiota! Não contempla o facto de que os senhores guerreiros-barra-monges vieram para Portugal. pfff! Isto revolta-me particularmente porque até gosto do Castelo de Almourol e do Gualdim Paes.

De facto no fim do livro, que retrata uma retrospectiva romanceada da dissolução dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, also known as Templários, o autor diz-nos em relação ao lendário tesouro que foram vistas pela ultima vez carroças cheias de palha, com guarnições (que não tem nada a ver com batatas fritas e salada) fortemente armadas em direcção aos Pirinéus, dos quais nunca mais se ouviu falar!!!

Ora, o portuga menos burro sabe que após serem expulsos de França por Filipe O Belo, os Cavaleiros Templários sobreviventes ou se esconderam em abadias, ou fugiram para Portugal, onde a ordem se passou a chamar de Ordem de Cristo, após terem transferido todos os seus bens para o nosso one and only D. Dinis.

É que eu ja nem falo do facto de os Senhores Templários possuirem uma catrefada de propriedades em terras lusas, devido ao seu apoio secular às reconquistas nestas partes do hemisfério!!!

Eu cá com os meus botões juntei 2+2 ... mas o senhor Steve la diz que é uma incognita o sitio para onde é que o tesouro (ou o que restou) foi parar ... n sei digo eu!!! Foi um desabafo, pronto, ´tá feito!!!

A MINHA VIDA SECRETA

Sabemos que a venda de romances durante a epoca de verão tem um aumento significativo, e sabemos bem porquê: a velha curiosidade humana, em ler aventuras e desventuras de personagens fascinantes (vá, depende do autor), das suas vidas, algumas secretas.

O meu faro psicológico, incutido algures durante a minha formação nessa àrea (talvez numa quarta-feira à tarde, assim o suspeito), leva-me a interroga-me e interrogar-vos ... e a vossa vida secreta, interior, mental? Sei eu e sabe você que está cheia de segredos, cheia de fantasias, cheia de aventuras utopicas, virtuais, impossiveis. Certo? Eu sei que sim!

Se estou a projectar? evidentemente que sim, ou não sabe que qualquer pedaço de escrita, seja de quem for é não mais do que a projecção da personalidade desse autor?! Efectivamente que a minha vida secreta, interior, é tão interessante como a do próximo, é uma vida escondida do mundo em que eu sou o meu herói, onde a gravidade não existe, onde o mundo gira perfeitamente à minha volta.

Se vou contar historias da minha vida secreta? Voce contaria a sua? é que ao contrário dos personagens dos livros, nós existimos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Economia e Comportamento

O comportamento do ser humano, e porque este é essencialmente um ser social, é altamente influenciado pelo estado da economia. Com esta afirmação estamos todos de acordo. Porém, a grande questão prende-se com a variável moderadora Optimismo, que na minha opinião, influencia directamente o comportamento observável que responde à flutuação da economia.

O português, de facto, é um ser extremamente imprevisivel no que toca a isso, porque a sua total ausencia de optimismo, leva a que, consoante o grau de desespero em que esteja, tenha dois tipos de comportamentos distintos:

Primeiro - Quando está apertado mas ainda não está à rasca, é altamente pessismista, e desdenha todos aqueles que conseguem safar-se no meio da selva capitalista.

Segundo - Quando está mesmo numa situação extremada, a qual podemos classificar de "corda ao pescoço", apresenta uma capacida extraordinária de desenrasque e uma criatividade sem precedentes, independentemente de quem possa ter que ludibriar para sair do buraco!

Por isso Economia e Comportamento, não é só o titulo de um manual universitário, nem é só um cliché. É também uma possibilidade de ver o ser humano a comportar-se mais ou menos como as formigas quando lhes pisamos a casa.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

ANTIGAMENTE

Escrevo esta pequena mensagem no seguimento da leitura da rábula escrita, e a meu ver, brilhantemente escrita, pelo Nuno Markl acerca da infância do "antigamente. Só posso concordar, subscrever e tudo mais, eu que nem gosto muito do senhor. Este é um assunto que tem vindo a ser discutido calorosamente ao longo de algum tempo pelo meu circulo de amigos.

Nós, os que crescemos no "campo", pois a minha pequena vila situava-se a uns longinquos 35kms da grande metrópole lisboeta, o que era como dizer que ficava quase no fim do mundo!

E lá no "campo" valia tudo, desde fazer casas nas árvores, a roubar fruta ao Ti Manel, a ser "praxado" pelos mais velhos, a saltar vedações proibidas, às rixas momentaneas por qualquer-assunto-de-extrema-importancia-que-ficava-esquecido-passados-dez-minutos. Quando passávamos a barreira dos 14 anos eramos promovidos a adolescentes irresponsáveis.

Ai todo um mundo novo se abria, pois ja podiamos ir de "bicla" até ao café "Mar e Céu", que ficava la ao lado da Sociedade Filarmónica, sempre com a desculpa que iamos "à sociedade". O dito café era pois tão só o poiso da malta da pesada la da aldeia!!!

Nós os piquenos la do bloco, divertiamo-nos a ir beber um caneco de cerveja, e desatar a correr rua abaixo, para fazer o alcool circular mais depressa no sangue, porque não tinhamos mais guita para ir comprar outra, claro está.

Como o Markl aponta e muito bem, éramos a geração "à rasca"... de tudo!

A luta era constante, o telemovel aparecia só nas revistas cientifcas como um avanço de tecnologia, e para marcar encontros com miudas era um sarilho. Valia tudo, mas o meio mais preterido pelas massas era mesmo o PRNPR - pequeno recado num papel rasgado :) e ligar para casa da dita jovem, so mesmo durante o dia, a horas que ninguém desconfia, e com uma sincronização invejável!!!

O meio de transporte era ... a bicla. As BTT ainda agora estavam a aparecer, e ter uma era um luxo ... eu tive uma de "aluminio" ... ahahah ... bom mas era gira, não interessa... avante! A bicla era simultaneamente um luxo, uma companheira, um meio de transporte, um veiculo de lazer e um objecto pessoal! Muita queda demos nós... e se chegássemos a casa todos raspados ainda levávamos duas galhetas, porque não tinhamos nada que cair sem autorização parental ... bom a psicologia explica esse fenómeno, não há crise!

Não alongando mais esta retrospectiva ... fui feliz, fomos felizes, eramos felizes! Eramos pobres, não tinhamos muito, mas daquilo que tinhamos, tirávamos o maximo proveito, e divertimo-nos à grande! como dizem os "amaricanos": "we had a good run, didn't we!?!"